quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Fé inabalável



Lendo o livro do profeta Daniel, meditei profundamente na origem da fé daqueles quatro jovens e entendi algumas lições através da vida de Daniel, Ananias, Misael e Azarias.

 Percebi que ninguém pode ter uma fé inabalável pelo simples fato de se autodenominar cristão; é preciso viver variadas  e marcantes experiências no decorrer de sua caminhada com Deus; é necessário ter os próprios fundamentos quebrados, a tranquilidade ameaçada e os sonhos desfeitos; a vida mudada drasticamente; enfrentar tristezas, angustias e desespero; ver tudo acabado, destruído e sem esperança de restauração. Foi isso que aconteceu com eles e é isso que acontece com muitos de nós quando tomamos a decisão de seguir a Cristo.

Segundo a Bíblia, Daniel e seus companheiros foram levados cativos para a Babilônia. Eram eles de família nobre (Daniel 1.3), ou seja, faziam parte da classe abastada, não tinham falta alguma consoante as coisas materiais, eram livres para fazer o que quisessem inclusive para escolher a qual deus servir. Todas as regalias que a riqueza poderia lhes conceder, aqueles jovens certamente possuíam, contudo foram levados cativos, e agora estavam sujeitos a Nabucodonosor, rei da Babilônia.

 Estavam longe de suas famílias, suas riquezas, seus amigos; se encontravam distante de Jerusalém, a cidade do seu Deus, onde estava o templo pelo qual o rei Salomão havia pedido ao Senhor para que todo aquele que orasse acerca de alguma coisa naquele lugar fosse atendido (II Crônicas 6. 20-40). Viviam agora no palácio de um rei ímpio para aprenderem a cultura daquele povo a fim de agradarem ao rei.

Fico imaginando como deve ter sido difícil deixar tudo para traz: toda a segurança que tinham, o bem-estar que sentiam em viverem em meio a um povo cuja língua conheciam e ao mesmo Deus serviam. E de repente, do dia apara a noite, se acharem na posição de escravos, e pior ainda, em terra estranha!

Muitos de nós, talvez, se estivéssemos no lugar deles, teríamos ficado inconformados e revoltados com a situação colocássemos a culpa no Senhor, deixando-o e então como já era propicio o ambiente nos contaminássemos com o "manjar do rei" e sucessivamente com seus ídolos. Embora eles vivessem em Judá em uma época em que a maioria do povo havia deixado de servir ao Senhor, tinham eles preparado o coração para buscar a Deus sem reservas. Independente do que viesse a acontecer eles se manteriam fiéis e assim foi.

Por isso quando se acharam diante do decreto de ter que adorar uma estátua de ouro, Ananias, Mizael e Azarias, tiveram firmeza em sua fé, que fora adquirida paulatinamente durante os anos que passaram em Babilônia. Eles foram  observando o cuidado sobrenatural do Pai, e concluíram que mesmo estando em cativeiro, o seu Deus e nosso Deus continua sendo Senhor das nossas vidas, e por isso vale à pena correr qualquer risco por Ele,inclusive ser lançado numa fornalha ardente.

sem perspectiva alguma de sobrevivência, tão somente pela confiança de que o Deus que os fez sobressair entre os demais na Babilônia, era também poderoso para subjugar o poder do fogo em seus corpos físicos. E assim foi, o fogo não teve poder sobre os servos do Senhor (Dn 3.24-27), eles saíram ilesos do meio do fogo e acharam graça diante do rei(Dn 3.30). A fé que os levou para a prova redundou  agora em louvores e honra ao Deus vivo(Dn 3.28-29). 

A fé que faz transportar os montes não nasce da noite para o dia, ela é fruto de uma vida de consagração e renuncias, e de árduas experiências na caminhada com Deus, e isso, sem murmurações!

Um comentário:

  1. Que previlégio sou a primeira a posta um coméntario!!!
    Adorei todos os arquivos, principalmente a história da princesa e do sal. Que Deus abençoi seu ministério, pois agora si tornou um.
    Abraço e fica com Deus.

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